segunda-feira, 18 de junho de 2012

Carinha de Safadinho *..*

Teste do Olhinho

Teste do olhinho: fundamental para todos os nenês

 Existem hoje em dia vários tipos de exames que são realizados logo que o bebê nasce, antes mesmo da alta hospitalar. São triagens neonatais que podem prevenir doenças e até mesmo detectar alguma alteração o mais cedo possível para evitar seqüelas mais graves.
 Já havíamos abordado em outros artigos do Guia do Bebê os testes do Pezinho e da Orelhinha, desta vez citaremos o teste do Olhinho, tão importante quanto os outros dois.
 O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) é um exame que deve ser realizado rotineiramente em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade, e que pode detectar e prevenir diversas patologias oculares, assim como o agravamento dessas alterações, como uma cegueira irreversível.
 Ao contrário do teste do pezinho, que é super conhecido nacionalmente (até por ser obrigatório), os testes da orelhinha e olhinho são muito menos "famosos" entre os pais. A explicação para a pouca fama se deve ao fato de ambos os testes são realizados somente em alguns Estados e cidades do país.
 Para alívio das mamães, o teste do olhinho é fácil, não dói, não precisa de colírio e é rápido (de dois a três minutos, apenas). Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, tipo uma "lanterninha", onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo,
 Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo.
 O teste do olhinho previne e diagnostica doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto e a cegueira. Segundo dados estatísticos, essas alterações atingem cerca de 3% dos bebês em todo o mundo.
Prematuros - Bebês prematuros devem obrigatoriamente realizar esse teste visual, de modo que afaste o risco da retinopatia da prematuridade, principal causa da cegueira infantil na América Latina.
"Como essas crianças prematuras ainda passam por um processo de formação, possuem vasos sangüíneos imaturos no globo ocular", explica Larissa Magosso, oftalmologista da Maternidade e Hospital da Criança, em São Paulo/SP.
 O teste do olhinho pode ser realizado por um pediatra, mas se alguma alteração é identificada, o bebê deve ser encaminhado para o oftalmologista para a realização de exames mais específicos.
Não deixe para depois - Pelo menos 60% das causas de cegueira ou de grave seqüela visual infantil podem ser prevenidos ou tratáveis se fossem detectadas precocemente, antes de se agravarem. Daí a importância do teste do olhinho.
 O pior de tudo é que mais da metade dos casos só tem o problema descoberto quando estão cegas ou quase cegas para o resto da vida. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica prevê cerca de 710 novos casos de cegueira por ano.
Dicas
 A mamãe e o papai podem observar as fotografias de seu filho. Se em vez do reflexo vermelho que fica nos olhos aparecer uma mancha branca, procure um oftalmologista.
 Pergunte ao pediatra do seu bebê quais exames que foram realizados ao seu nascimento. Se o teste do olhinho não estiver entre eles, converse com o médico a possibilidade de realizá-lo.
 A catarata não é um problema só de idoso, não. A catarata congênita é uma patologia presente ao nascimento e uma em cada cem crianças nascidas apresenta essa alteração.
Obrigatoriedade do Exame
 Não existe uma lei federal. Apenas alguns estados brasileiros possuem leis que garantem o exame "Teste do Olhinho" em hospitais e maternidades públicas e privadas. Dentre eles estão: Bahia, Distrito Federal (Brasília), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo.
Planos de Saúde - desde junho de 2010 é obrigatório aos planos de saúde o pagamento para a realização do Teste do Olhinho.
SUS - o Sistema único de Saúde diz que está garantida a realização do exame em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, atualmente menos de 50% dos municípios estão na Rede Cegonha.

O Teste da Orelhinha, enfim, virou lei



  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 12.303, de 2 de agosto de 2010, que torna obrigatória e gratuita a realização do exame chamado Emissões Otoacústicas Evocadas, mais conhecido como Teste da Orelhinha.
  Essa lei é um grande passo para a prevenção de problemas na criança, pois pelo Teste da Orelhinha é possível detectar milhares de possíveis doenças. A deficiência auditiva é uma patologia muito comum entre os recém-nascidos, sendo encontrado de um a três casos de surdez a cada 1.000 nascimentos.
  Esse número aumenta para até seis casos a cada 1.000 nascimentos se o bebê tem algum de fator de risco para surdez, como casos de deficiência auditiva na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros.
  Só para comparação, o Teste do Pezinho é obrigatório nas maternidades desde 1983 no estado de São Paulo e desde 1992 em todo o Brasil e entre as doenças que esse teste detecta é encontrado 1 caso a cada 10.000 nascimentos.
  Bem menos que a deficiência auditiva. Já estava mais do que na hora do Teste da Orelhinha se tornar obrigatório em todo território nacional.
Os benefícios - A população e o a Saúde Pública se beneficiam com a obrigatoriedade do teste da orelhinha. Até o mês passado muitos casos de deficiência auditiva que poderiam ter sido diagnosticadas logo ao nascimento só são detectados com três ou quatro anos prejudicando o desenvolvimento da fala e linguagem da criança assim como o desenvolvimento cognitivo e social, explica a fonoaudióloga Jamile Elias.
  Quanto mais cedo for detectada a deficiência auditiva, mais precocemente serão as intervenções realizadas. Um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte. Imagine uma criança que tenha detectado deficiência auditiva apenas aos 2 anos.
  Pense no tempo perdido que ela deixará de desenvolver estímulos importantes para a fala, elemento imprescindível para a comunicação e socialização. Lembre-se que uma criança depende dos sons que ouve para esboçar as primeiras palavrinhas, inclusive o “mamãe” e “papá (papai)”.
Sem dor - O Teste da orelhinha não é dolorido, não precisa de injeções, anestesia ou colhimento de sangue do bebê. O teste é indolor, acontece com o bebê dormindo (sono natural) e não tem contra-indicações. É realizado no segundo ou terceiro dia de vida e consiste na colocação de um fone na orelha do bebê acoplado a um computador que emite sons e recolhe as respostas que a cóclea do bebê produz.
 Não se esqueça, mamãe, de exigir da maternidade que escolheu para ter o seu bebê o Teste da Orelhinha. É um exame que beneficiará todo o desenvolvimento do seu filho.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Carinho da mamãe cura dodói

  Quem é que nunca deu um beijinho no machucado do filho dizendo que a dor já ia passar? E quando a mãe improvisa uma milagreira massagem (mesmo sem nunca ter colocado os pés em um curso especializado) quando o pequeno sofre uma pancada na mesa ou jogando futebol? E os poderes bombásticos de um gostoso cafuné quando a criança está de cama? O mais interessante e gratificante é que todos esses artifícios de fato amenizam e muito a dor.
O bombardeio de carinho na criança nos momentos de dor tem muita força, viu. Isso porque uma área do cérebro é ativada quando se recebe um carinho, liberando descargas elétricas que diminuem a sensação de dor. Demonstrações de afeto geram um efeito de proteção e prazer.
Vamos explicar em uma linguagem mais específica, mas necessária. Crianças consoladas com o carinho ou com a voz da mamãe têm um aumento dos níveis do hormônio ocitocina no organismo. Um artigo americano publicado na Proceedings of the Royal Society B reforçou tal conclusão.
A ocitocina é um hormônio liberado pela hipófise, uma estrutura que fica no cérebro. É um hormônio relacionado, dentre outras coisas, ao contato físico, como um carinho, um abraço ou um beijo.
Quando se recebe um beijinho da mamãe quando se machuca, a hipófise libera a ocitocina. E seus efeitos imediatos são de diminuição da ansiedade e do estresse, que acabam diminuindo a percepção de dor da criança.
Um outro estudo realizado na Universidade de Stanford, nos EUA, também revela que trocas de carinho e de afeto amenizam a dor. As demonstrações de afeto ativam as mesmas áreas do cérebro em que os analgésicos atuam. Para quê um remédio para um simples machucadinho se o beijinho da mamãe sara tudo?
O melhor é que demonstrações de carinho e afeto não são boas só de imediato. As crianças levam isso para a vida toda. O vínculo consistente entre mamãe e bebê não apenas diminui o estresse da criança como também a ajuda a desenvolver recursos que a auxiliarão em suas interações sociais e na vida de maneira geral.
Carinho é gostoso, faz bem e é retribuído de milhões de outras formas. Uma mãe presente na vida de uma criança é a coisa mais valiosa para o pequeno. Quando isso infelizmente não é possível, o pai, os irmãos e avós podem suprir essa importante figura na vida do ser humano.
Fonte: Guia do bebê

Bebê com uma plantinha na mão